terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

A poesia na construção da identidade - Sinopse

Quantas mulheres vivem dentro de mim? Quantos corpos existem em meu corpo Quantas idades têm a minha idade? Quantos mares rolaram pelo meu rosto? Quantos sorrisos a minha alma sorriu? E de tudo que vivi desde a tenra idade E de tudo que vivi desde O útero e até mesmo antes do útero... De pedaços fui tecida De certezas e incertezas fui formada Sei apenas que sou eu uma dádiva de Deus Um presente para a humanidade Um ser que parece pequenino, mas é grande. Porque imenso são os detalhes que compõem a minha pessoa. Cida Araújo

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Alzira voltou para os braços do Pai


E agora Quem vai fazer a canjica de São Judas?

Quem vai chamar as colegas pra rezar o terço?
Quem vai ligar para animar alguém que perdeu um ente querido?
Quem vai visitar as pessoas doentes, tristes, passando por algum problema ou que precisa de uma palavra amiga?
Quem vai animar os encontros da comunidade com aquele sorriso largo...
A vida tem que continuar, mas você minha querida amiga vai fazer muita falta.
Afinal são 35 anos de uma amizade verdadeira.
Vai em paz, ALZIRA. Você merece o seu lugar no céu junto de nossa senhora e seu filho Jesus que você tanto amou aqui na terra principalmente nas pessoas mais simples e carente.
Um dia todos nós também nos encontraremos
Alzira do Grupo alegria de viver

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

PROJETO POESIA NA PRAÇA COM CIDA ARAÚJO - 1ª parte

Um sonho que tornou-se realidade
Tudo começou naquele sarau na Senzala. Senzala é o nome que Dagildo Lopes deu a sua casa. Um precioso espaço cultural.
Naquela noite, entre outras pessoas interessantes também conheci Ródinei Páscoa Amélio

          
UM BRINDE A UM NOVO TEMPO QUE COMEÇAVA ALI



Passado alguns meses fui procurada por  Ródinei  que me convidou  para participar de um grupo: VEREDAS CULTURAL.

Ródinei acreditou no meu potencial literário e tentava encontrar um modo de dar visibilidade ao meu trabalho.
Descontraída entrevista concedida ao VEREDAS


A oportunidade apareceu quando saiu o edital da LEI DE INCENTIVO A CULTURA DE VESPASIANO.
Reunião para traçar planos



Ródinei chamou Dagildo e começamos uma maratona para montar nosso projeto. Foram horas e horas. Dias e dias até a decisão do formato, os objetivos, as metas a alcançar...
Muitas reuniões realizadas




Montamos o projeto e mandamos para a Secretaria de cultura. APROVADO 😅
Eu Cida Araújo, Márcio Bylyngo, ... Ione Amaral e Ródinei

Foi enorme a emoção
 e a alegria


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terça-feira, 8 de março de 2016

Meu pequeno grande mundo - 8 de março dia internacional da mulher

Pouco importa o retrato que nos traçarem.
Importa o que somos na essência de nosso se.
A garra, a energia, a beleza
A sensibilidade a sutileza
Todo mistério que faz crer
Vale a pena ser mulher!

domingo, 22 de novembro de 2015

QUERO VER O SOL

Quero ver o sol
Quero pegar toda a dor do mundo
Colocar dentro de um pote
E arremessá-lo para o alto.
Quero pegar minha tristeza
Pisar, espedaçar, de ela fazer
picadinho
E jogar no fundo do mar.
Quero arrancar minha dor sem quebrar
meu coração.
Quero caminhar ao lado de tudo que me
destrói
Com meus sentidos inalterados
Sem macular minha integridade.
Quero apenas isso
Emergir da sucata
Juntar meus pedaços e colocar-me de
Olhar o horizonte e ver o sol!
Autora - Cida Araújo (Do livro - Paralelos sociais)

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

De volta pra casa

Deus seja louvado pela alegria que encontrei em minha casinha.
Desci do MOVE no Jardim da glória, atravessei a pista e subi a passarela. Comecei a pensar em como encontraria minha casinha. Disse com meus botões. Devo começar a treinar o desapego. E fui pensando; Meu manacá estava florido, deve já ter murchado todas as flores. Três orquídeas estavam com botões... Será que suportaram a minha ausência... Fui ficando mais apreensiva à medida que me aproximava. Coloquei a chave no buraco da fechadura e logo ouvi os latidos desesperados de Lola. Quase me derrubou no chão ao manifestar sua alegria pela minha volta.
E O manacá, para minha surpresa estava ainda mais florido.
A roseira cheia de botões.
Elas resistiram firmes porque sabiam do carinho que receberiam com minha chegada. Ao entrar na varanda quase tive um faniquito!
A orquídea MARAVILHOSA.
Exibindo um galho quase todo florido.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

1 A HISTÓRIA QUE O BRASIL NÃO CONTOU

20 DE NOVEMBRO - CONSCIÊNCIA NEGRA. ESTE POEMA É MEU GRITO NEGRO!

A HISTÓRIA QUE O BRASIL NÃO CONTOU 123
Cida Araújo
Pouco, me ensinaram a escola e a sociedade sobre minha verdadeira história.
Sobre minhas raízes, realidade.
Ao me falarem da escravidão ressaltaram o poder dos senhores e do povo negro a submissão.
Falaram-me das correntes, do tronco, da chibata e dos porões...
Não me falaram da resistência, das lutas, da organização.
Deixaram margem para que eu pensasse que o povo negro era idiota, que aceitava tudo calado.
Ao me falarem das plantações de café, dos canaviais, das minas e dos casarões, não me falaram da sua força, da sua inteligência, da sua capacidade de fazer um país com a força de seus braços.
Chegaram a afirmar que o povo negro era preguiçoso. Só trabalhava para não apanhar.

...Ao me falarem de sua identidade, contaram-me que eles chegavam aos montes, em navios negreiros,
Marcados a ferro como animais. Vendidos em feiras como mercadorias.
Não me falaram que o povo negro tinha alma, sangue, raízes.

Ao me falarem da sua fé, diziam apenas que eram supersticiosos, feiticeiros, cultuavam Deuses pagãos.
Não me falaram de sua religião, de sua fidelidade a um Deus vivo, cultuado com danças, cantos, gestos e rituais.
Não me falaram da alegria do povo negro ante o reconhecimento, que podiam contar com o senhor de todas as histórias...
Ao me falarem da beleza, definiram-na assim:
Ter traços finos, cabelos lisos e pele clara, era ser bonito.
Ter traços fortes, cabelos crespos e pele escura, era ser feio.
Não me falaram que o negro tem seu cheiro, sua característica.
Sua ginga, um olhar, um brilho especial.
Que o negro de cabeça erguida, encanta.
Que o negro é lindo! Que a negra é linda!

Ao me falarem da sua cultura... Aí, eu tenho vontade de chorar!
Nada falaram.
Fizeram-me pensar que o povo negro era uma folha atirada ao vento
Não me falaram que o povo negro tem um sangue diferente.
Sangue quente, nobre, forte e bonito
O regente de seu corpo, de sua cultura.
Uma energia que enobrece sua arte.
Que faz vibrar!
Que faz cantar!
Que faz dançar!
Que faz surgir sons especiais dos objetos simples e banais.
Falaram-me muito da Princesa Isabel.
Pouco, ou nada, de Zumbi dos Palmares.
Fizeram-me sentir tristeza por ser negra.
Fizeram-me sentir vergonha por ser negra.

Em meu corpo moreno, mulato, pardo, preto existe a pigmentação que define minha origem,
Em minha alma vibrante, meu espírito silencioso.
Em minhas veias vigorosas, corre o sangue dos meus ancestrais.
Sangue africano.
Sangue baiano.
Sangue mineiro.
Sangue negro
A pigmentação que dentro da raça humana define o meu povo negro!
AXÉ
Autoria – Cida Araújo 

segunda-feira, 20 de abril de 2015

A voz do silêncio

  

SILÊNCIO

O SILÊNCIO É A VOZ DO CORPODO GESTO,
DO OLHAR.

O SILÊNCIO É A VOZ DA MENTE,
DO RACIOCÍNIO,
DA LÓGICA ILÓGICA,
DE ARGUMENTOS FURADOS.

O SILÊNCIO...
O SILÊNCIO PROFUNDO...
É A VOZ DA ALMA,
DO CORAÇÃO
PARA ONDE CONVERGEM SENTIMENTOS INDECIFRÁVEIS,
IDIOTAS, RIDÍCULOS.

O SILÊNCIO É CICATRIZANTEE AO MESMO TEMPO INSTRUMENTO CORTANTE...
TOCANDO O MEU SER.
Do livro PARALELOS SOCIAIS Cida Araújo
Foto Rangel malta





quarta-feira, 19 de novembro de 2014

HISTÓRIA VERÍDICA DO POVO NEGRO NO BRASIL


A HISTÓRIA QUE O BRASIL NÃO CONTOU
Cida Araújo
 Pouco, me ensinaram a escola e a sociedade sobre minha verdadeira história.
Sobre minhas raízes, realidade.
Ao me falarem da escravidão ressaltaram o poder dos senhores e do povo negro a submissão.
Falaram-me das correntes, do tronco, da chibata e dos porões...
Não me falaram da resistência, das lutas, da organização.
Deixaram margem para que eu pensasse que o povo negro era idiota, que aceitava tudo calado.
Ao me falarem das plantações de café, dos canaviais, das minas e dos casarões, não me falaram da sua força, da sua inteligência, da sua capacidade de fazer um país com a força de seus braços.
Chegaram a afirmar que o povo negro era preguiçoso. Só trabalhava para não apanhar.


...Ao me falarem de sua identidade, contaram-me que eles chegavam aos montes, em navios negreiros,
Marcados a ferro como animais. Vendidos em feiras como mercadorias.
Não me falaram que o povo negro tinha alma, sangue, raízes.



Ao me falarem da sua fé, diziam apenas que eram supersticiosos, feiticeiros, cultuavam Deuses pagãos.
Não me falaram de sua religião, de sua fidelidade a um Deus vivo, cultuado com danças, cantos, gestos e rituais.

Não me falaram da alegria do povo negro ante o reconhecimento, que podiam contar com o senhor de todas as histórias...


Ao me falarem da beleza, definiram-na assim:
Ter traços finos, cabelos lisos e pele clara, era ser bonito.
Ter traços fortes, cabelos crespos e pele escura, era ser feio.
Não me falaram que o negro tem seu cheiro, sua característica.
Sua ginga, um olhar, um brilho especial.
Que o negro de cabeça erguida, encanta.

Que o negro é lindo! Que a negra é linda!

Ao me falarem da sua cultura... Aí, eu tenho vontade de chorar!
Nada falaram.
Fizeram-me pensar que o povo negro era uma folha atirada ao vento
Não me falaram que o povo negro tem um sangue diferente.

Sangue quente, nobre, forte e bonito
O regente de seu corpo, de sua cultura.
Uma energia que enobrece sua arte.
Que faz vibrar!
Que faz cantar!
Que faz dançar!

Que faz surgir sons especiais dos objetos simples e banais.
Falaram-me muito da Princesa Isabel.
Pouco, ou nada, de Zumbi dos Palmares.
Fizeram-me sentir tristeza por ser negra.
Fizeram-me sentir vergonha por ser negra.


Em meu corpo moreno, mulato, pardo, preto existe a pigmentação que define minha origem,
Em minha alma vibrante, meu espírito silencioso.
Em minhas veias vigorosas, corre o sangue dos meus ancestrais.
Sangue africano.
Sangue baiano.
Sangue mineiro.
Sangue negro
A pigmentação que dentro da raça humana define o meu povo negro!


AXÉ
Autoria – Cida Araújo –(Do livro, Paralelos sociais)

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Se cristo ressuscitou, qualquer situação pode ser revertida


Vida além da vida

Existe vida além da vida
Existe amor além desse amor
Existem sonhos além da noite.

Existe luz além do luar.
Existe um sol maior que tudo isso
Um brilho que refulge mais longe
Aonde parece não poder alcançar.

Existe um sonho!
Existe um amor!
Existe uma vontade louca de amar, amar e amar.

De ir além de tudo isso
Ao encontro de algo ainda maior.
No infinito, no absoluto mistério
Nos braços de Deus eu vou descansar.
Cida Araújo Do livro Desertos2