Tudo me tiraram Deixando-me nua, refém do deboche da sociedade. Tiraram-me a voz, a liberdade e a identidade. O orgulho de ser, de viver. De avançar com prazer. Deixando-me estagnada, exangue... Tiraram-me as pistas físicas Mas não o universo do mundo que vive em minhas células. Que transitam nas minhas veias E grita em silêncio no interior de mim. Calaram a minha voz. Mas não silenciaram o meu canto. Cida Araújo autora
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Zumbi está vivo em cada negro, em cada negra que que tem a ousadia de desbravar a história
A HISTÓRIA QUE O BRASIL NÃO CONTOU
Cida Araújo
Pouco, me ensinaram, a escola e a sociedade sobre minha verdadeira história.
Sobre minhas raízes, realidade.
Ao me falarem da escravidão ressaltaram o poder dos senhores e a submissão do negro.
Falaram-me das correntes, do tronco, da chibata e dos porões...
Não me falaram da resistência, das lutas, da organização.
Deixaram margem para que eu pensasse que o povo negro era idiota, que aceitava tudo calado.
Ao me falarem das plantações de café, dos canaviais, das minas e dos casarões, não me falaram da sua força, da sua inteligência, da sua capacidade de fazer um país com a força de seus braços.
Chegaram a afirmar que o povo negro era preguiçoso. Só trabalhava para não apanhar.
Ao me falarem de sua identidade, contaram-me que eles chegavam aos montes, em navios negreiros,
Marcados a ferro como animais. Vendidos em feiras como mercadorias.
Não me falaram que o povo negro tinha alma, sangue, raízes.
Ao me falarem da sua fé, diziam apenas que eram supersticiosos, feiticeiros, cultuavam Deuses pagãos.
Não me falaram de sua religião, de sua fidelidade a um Deus vivo, cultuado com danças, cantos, gestos e rituais.
Não me falaram da alegria do povo negro ante o reconhecimento, que podiam contar com o senhor de todas as histórias.
Ao me falarem da beleza, definiram-na assim:
Ter traços finos, cabelos lisos e pele clara era ser bonito.
Ter traços fortes, cabelos crespos e pele escura era ser feio.
Não me falaram que o negro tem seu cheiro, sua característica.
Sua ginga, um olhar, um brilho especial.
Que o negro cabeça erguida, encanta,. Que o negro é lindo!
Ao me falarem da sua cultura... Aí, eu tenho vontade de chorar!
Nada falaram.
Fizeram-me pensar que o povo negro era uma folha atirada ao vento
Não me falaram que o negro tem um sangue diferente. Sangue quente, nobre, forte e bonito
O regente de seu corpo, de sua cultura.
Uma energia que enobrece sua arte.
Que faz vibrar!
Que faz cantar!
Que faz dançar!
Que faz surgir sons especiais dos objetos simples e banais.
Falaram-me muito da Princesa Isabel.
Pouco, ou nada, de Zumbi dos Palmares.
Fizeram-me sentir tristeza por ser negra.
Fizeram-me sentir vergonha por ser negra.
Em meu corpo moreno, mulato, pardo, existe a pigmentação que define minha origem,
Em minha alma vibrante, meu espírito silencioso.
Em minhas veias vigorosas, corre o sangue dos meus ancestrais.
Sangue africano.
Sangue baiano.
Sangue mineiro.
Sangue negro
A pigmentação que define a minha raça!
AXÉ!
terça-feira, 11 de novembro de 2008
"Abate os poderosos de seus tronos e eleva os humildes"
BARACK OBAMA
Um novo capítulo da nossa história começa a ser contado!
Entre cantos e danças tradicionais africanas
Um negro é iniciado em nova missão.
Ocupar o mais cobiçado lugar
Governar o mais poderoso pais do mundo.
A África abre as portas e liberta o seu filho para ganhar o mundo.
Os Estados Unidos da América já não suportam a força de nossa gente.
Aos poucos, à custa de muita luta e organização o povo negro vai cada dia mais acreditando em sua utopia.
Poema do livro- Paralelos sociais – Cidaaraujo2007poetisa.blogspot.com
Um novo capítulo da nossa história começa a ser contado!
Entre cantos e danças tradicionais africanas
Um negro é iniciado em nova missão.
Ocupar o mais cobiçado lugar
Governar o mais poderoso pais do mundo.
A África abre as portas e liberta o seu filho para ganhar o mundo.
Os Estados Unidos da América já não suportam a força de nossa gente.
Aos poucos, à custa de muita luta e organização o povo negro vai cada dia mais acreditando em sua utopia.
Poema do livro- Paralelos sociais – Cidaaraujo2007poetisa.blogspot.com
Um novo capítulo da história começa a ser contado
ABRAM AS PORTAS
Abram as portas da senzala
Verão um ancião rodeado de jovens e crianças
Ele está contando histórias
É sua didática ensinar em parábolas
Misturando lendas, mitos, realidade,
Lembrando os ancestrais, o cativeiro, a escravidão
Mantém viva a memória
Faz a moçada perceber
Porque o povo negro tem garra, persistência, teimosia...
E vai à luta resgatando o seu valor.
Abram as portas da cozinha
Verão uma rainha à beira do fogão
Ela tempera a comida como tempera a vida
Se quiserem podem saborear
Deste manjar de sabedoria.
Portadora do axé
Ela carrega em seu ser as bênçãos do Divino.
É a mulher, mulher!
Negra, domesticada, desvalorizada;
Mas que, com elegância...
Conserva a sua dignidade.
Abram as portas da periferia,
Dos mangues, vilas e morros.
Aí estão os trabalhadores
Que sustentam a riqueza do país.
Eles constroem palácios, mansões, estradas;
E garantem a produção das fábricas.
Não encontrarão maquinários para preparação de drogas.
Nem condições para aquisição de armas.
São jovens, negros jovens, pobres jovens!
Brinquedo nas mãos de poderosos.
Abram as portas das universidades.
Os canais da comunicação.
Abram as portas da globalização,
Da tecnologia, do mercado de trabalho.
Da mídia, do poder constituído!
Negros e negras pedem passagem
Vêm cantando o canto da vitória
O samba enredo de sua própria história
História de Chico rei, zumbi dos palmares e outros.
Preparados para assumirem o seu lugar.
Abram as portas e batam palmas
Negros e negras chegaram pra ficar.
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
HOJE - PRIMEIRO AMOR - É PERMITIDO VIVE-LO?
PRIMEIRO AMOR
Éramos adolescentes a descobrir o amor
Tínhamos um caminho traçado
Que nos levaria à felicidade
Nossos corações pulsavam em harmonia.
No fundo de nossos olhos
O encontro acontecia.
Cada toque, por mais singular que fosse,
Era carregado da mais refinada expressão do amor.
Amor que crescia, silencioso.
Revelado em pequenas frases:
“Eu amo você, menina...”
“Eu amo você”
A mais fiel testemunha
Que tudo confirmaria
Talvez não exista mais...
Aquele velho violão!
Por mais que tentemos esquecer.
“Detalhes tão pequenos de nós dois”
São fantasmas que aparecem
Nas noites de solidão.
Nossas vidas foram cortadas.
Interceptado o nosso destino!
E aquele rosto de menino
Transformou-se num amargo e triste semblante.
Estamos sós
Cada um calado em seu canto.
Somos o que não fomos
E mais uma vez nos enganamos
Fingindo que somos felizes.
Beijos que não beijamos.
Carícias que não trocamos.
Amor que não amamos.
Saudades...
Saudades de quê?
Somos dois pólos distantes
Separados pelo abismo que se formou
Pela incapacidade de percebermos.
Nossas vidas estavam seladas
Éramos um e não entendemos
Ofertamos nosso amor a pessoas erradas
Chegamos a pensar que éramos felizes,
Entregando nossos corpos
Construindo nossas vidas
Em castelos de areia.
Estamos sós
E continuamos nos enganando
Fingindo que somos felizes.
Será que demos à Eloá o direito de viver de verdade o seu primeiro amor?
Que tipo, informação. Que tipo de pressão é despejada na cabeça de nossos jovens e adolescentes e até das crianças todos os dias?
Quais os interesses estão por trás da mídia?
A quem interessa a inversão de valores e a desintegração da família que gera a promiscuidade, a violência e a morte?
A quem interessa as tragédias, hoje palco de míseras platéias que sustentam o ibope?
PENSE
Poemas do livro- Mulher o axé do criador
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Homenagem a Nossa Senhora Aparecida
PRECE A MÃE APARECIDA
Mãe Aparecida!
A Senhora quem escolheu ser a padroeira do Brasil
Ao deixar-se encontrar nas águas do Rio Paranaíba.
Negra, negra e poderosa!
Negra e misericordiosa!
Negra e mãe de todo aquele que acredita no milagre da tua proteção.
Olha, mãe Aparecida, por todos os teus filhos!
Mas, peço de um modo especial pelo teu povo negro.
Este povo que foi arrancado de seu berço africano.
Lá na África, mãe!
Dentro da cultura africana
Cada homem tinha a dignidade de um rei.
Cada mulher a dignidade de uma rainha.
Aqui o povo negro foi reduzido à condição de escravo.
Também peço Mãe querida, Pelos idosos e pelas idosas!
Em muitas culturas os anciãos são tratados com muito respeito e reverência.Os mais jovens buscam neles sábios conselhos.
São ouvidos e honrados pela experiência e sabedoria que adquiriram com os anos vividos.
Aqui o idoso é tratado como algo descartável. O que se usa e joga fora.
Estão sozinhos apesar do grande número de parentes ao seu redor.
A maioria deles sofre as conseqüências dos trabalhos e lutas para edificarem uma família; Grande número de filhos, Trabalho pesado injustiça social, exploração,
Condição precária de assistência ou prevenção à saúde.
Hoje velhos, doentes , incapacitados, deficientes...
São ridiculamente desprezados.
Restaura Mãe querida!
A dignidade, o valor, a auto-estima.
A alegria, O canto a poesia.
A fé reprimida em cada brasileiro!
Do livro- Paralelos sociais – www. cidaaraujo2007poetisa.blogspot.com
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
QUEM É ESSA MULHER?
É mais uma das muitas mulheres anônimas.Jamais foi vista no estrelato. Não cursou nenhuma universidade. Não recebeu nenhum troféu ou medalha de ouro.
Mas, quem é essa mulher?
Eu posso responder-te com toda categoria. Eu a conheço desde o primeiro momento de minha vida. Ela foi o ninho que me acolheu, protegeu e me deu condições de desenvolver, crescer e ser o que sou.
É filha de Drimundina. Afro descendente das terras de Barão de Cocais.Que deixou como legado a fibra a sabedoria e a resistência para sobreviver a todas as crises e tribulações. Legado que contribuiu de forma definitiva para a construção de sua identidade.
Aos vinte anos casou-se. A partir daí começou a procriação. Durante vinte e cinco anos esteve envolvida com panos, noites mal dormidas e sobressaltos com o cotidiano doméstico.
Dez vezes o seu ventre foi alojamento seguro para a constituição do que somos hoje. Quatro homens de bem e seis mulheres de garra. Uma família que faz a diferença na sociedade.
Durante vinte e cinco anos tornou-se imperceptível. Tudo girava em torno de seu trabalho em prol da família, da educação, alimentação e formação.
Sem fraldas descartáveis, creches, berçários e tantas outras coisas que hoje facilitam a vida de uma mãe.
Quem é essa mulher?
Quando teve espaço ela saiu pra fora de seu lar e deu sua contribuição na sociedade.
Cristã autêntica, transmitiu a sua fé com a vida. Como mestra usando a pedagogia adequada mas principalmente testemunhando com suas atitudes.
Hoje ela tem setenta e sete anos. Aos poucos sua força física vai definhando. Já não tem tanto vigor na voz. O desgaste proveniente do esforço de sobrevivência atrofia o seu corpo impedindo-a de locomover-se com agilidade. Porém o seu espírito, a sua fé, a sua coragem, o seu desejo de ajudar permanecem inabaláveis. Mesmo sem poder sair de sua casa e andar pelas ruas, de seu canto ela reza, reza e reza. A oração é hoje a sua contribuição para um mundo melhor.
Quem é essa mulher?
Essa mulher é a minha querida mamãe.
Elza Gomes dos Santos.
A ela o meu agradecimento pelo dom da vida na primavera de 2008.
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
A CABEÇA DO POVO NA HORA DO VOTO
Perguntou Pilatos ao povo de Deus
Querem que eu solte Barrabás?
(Um grande bandido, criminoso daquela época)
Ou querem que eu solte Jesus?
(o filho de Deus que veio ao mundo para salvar a humanidade)
E o povo inflamado gritava:
Soltem Barrabás.
E o que farei com o mestre de vocês?
Crucifica-o! Crucifica-o!
Assim é a cabeça do povo.
O mal se infiltra no meio e usa todos os artifícios possíveis. Manobra todas as tecnologias Psicológicas e persuasivas disponíveis. Todos os instrumentos de coação. Sempre disfarçados de boas intenções.
Os decibéis descontrolados cuidam de entorpecer os neurõnios do povo.
E na hora de votar o povo vai como um burrinho de presépio decidir seu destino.
Porém se conseguir quebrar o esquema. Se conseguir distinguir os lobos no meio das ovelhas.
É possível fazer diferente.
Existem dois caminhos.
Um conduz à morte. O outro conduz à VIDA.
O joio e o trigo. O bem e o mal.Sabemos quem é do bem.
Eu acredito na possibilidade de ver ressurgir a sanidade do povo.
Autoria – Cida Araújo -
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Salvem as crianças do Brasil
SOU COMO VOCÊ
Sou como você,
Um milagre da natureza.
Seu curso, porém, foi cortado.
Sou um aborto fracassado,
Marca de um pecado;
Um peso a mais.
Meu pai é um sub-empregado;
Meu irmão, subnutrido;
Minha mãe, desiludida.
Aqui estou.
Num reformatório.
Na praça.
Dentro de sua própria casa.
Faça alguma coisa hoje,
Para que amanhã
Você não me decrete a pena de morte.
(Do livro – Paralelos sociais -)
terça-feira, 12 de agosto de 2008
Olhe para elas por favor!
Da janela
É quase fim de agosto
O ventoassobia, dando seu sinal
No abacateiro uma flor
Primeira vez apareceu.
Do flamboyant caem as folhas
Sua vagens, xique-xique
Já acalentam o filho meu.
Onde estão os meus ipês?
Onde estão minhas buganvílias??
Se enroscando pelo muro
Enfeitando meu quintal.
Minhas árvores, arvorezinhas
Tortas ou certinhas
Esguias, frondosas, desfolhadas, floridas!
Em teu seio trazes vida, sombra, delícias.
Em teu conjunto, inspiração
Para poetas, sonhadores, artistas
Debulharem a emoção!
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Tem lugar pra todo mundo
Loucura.
É a melhor definição para a Praça Sete.
Espaço onde todos gritam, todos berram coisas sanas e insanas.
Onde os loucos têm espaço para curtir o direito de ser louco.
Ele prega, ouve quem quer.
Outro blasfema alguém se zanga, mas, e dai?
Todas as vozes, todos os ritmos se misturam:
Sirenes, buzinas, discursos inflamados de políticos.
Num surto contagioso de loucura.
E eis que uma voz surge no meio desse hospício público
Disposta a proclamar versos poéticos!
É a melhor definição para a Praça Sete.
Espaço onde todos gritam, todos berram coisas sanas e insanas.
Onde os loucos têm espaço para curtir o direito de ser louco.
Ele prega, ouve quem quer.
Outro blasfema alguém se zanga, mas, e dai?
Todas as vozes, todos os ritmos se misturam:
Sirenes, buzinas, discursos inflamados de políticos.
Num surto contagioso de loucura.
E eis que uma voz surge no meio desse hospício público
Disposta a proclamar versos poéticos!
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
homenagem aos pais
PAPAI
Ao meu querido pai Antônio Mário dos santos
Garra, fibra e graça.
Fidelidade foi teu lema
Integridade tua bandeira
Tu foste grande, valoroso e culto.
Orgulho-me de ser tua filha
Por isso sigo a mesma trilha.
Grande sábio, Papai!
Tivestes a ciência do viver!
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Pais e filhos
A todos os pais do mundo
A todos os pais do mundo
Papai!
Sempre te vi como um super-herói.
Eu era pequeno e frágil.
Um menino e um super-homem!
Teus abraços eram silenciosos.
Nada eu sabia de teus sentimentos.
Íamos ao parque, ao campo de futebol.
Rolávamos no chão como crianças.
E sem explicação desaparecias...
- Onde está papai?
Respostas evasivas:
-Trabalhando, viajando, morando em outro lugar...
Dentro de mim era só saudade!
E cada vez que te via regressar.
Meu coração saltitava de alegria!
Hoje cresci, sou um homem.
Também tenho dificuldade em expressar meus sentimentos.
Coloca tua mão em meus ombros.
Depois de juntos caminharmos
O silêncio ha. de nos revelar o que vai ao coração.
Eu te amo papai! Perdoa-me por não te entender.
Eu te amo meu filho! Perdoa-me se te fiz sofrer.
segunda-feira, 28 de julho de 2008
POESIA NA PRAÇA SETE
PRAÇA SETE
A praça é o lugar do encontro.
Todos passam pela praça.
Todos têm uma praça.
Dentro de cada pessoa tem uma praça.
Lembranças de coisas que acontecem ou aconteceram
e que tem a ver com uma praça qualquer.
E a Praça Sete?
O pirulito, o cinema, as árvores...
As floristas, os artesãos, o engraxate.
Os pregadores, os contestadores, grevistas, ambulantes muitas histórias podem contar.
Até ouro se vende e se compra na nossa praça.
Porque é de ouro o coração da Praça sete
Em meio a buzinas, sirenes, poluição...
Peço licença aos arranha-céus para declamar um poema para as estrelas.
Para a lua, o sol e também para os transeuntes, moradores e usuários da praça.
Hoje é dia de poesia na praça sete.
.
A praça é o lugar do encontro.
Todos passam pela praça.
Todos têm uma praça.
Dentro de cada pessoa tem uma praça.
Lembranças de coisas que acontecem ou aconteceram
e que tem a ver com uma praça qualquer.
E a Praça Sete?
O pirulito, o cinema, as árvores...
As floristas, os artesãos, o engraxate.
Os pregadores, os contestadores, grevistas, ambulantes muitas histórias podem contar.
Até ouro se vende e se compra na nossa praça.
Porque é de ouro o coração da Praça sete
Em meio a buzinas, sirenes, poluição...
Peço licença aos arranha-céus para declamar um poema para as estrelas.
Para a lua, o sol e também para os transeuntes, moradores e usuários da praça.
Hoje é dia de poesia na praça sete.
.
terça-feira, 8 de julho de 2008
A poesia ganha o mundo no peito de cada um(a)
"Quero soltar a minha voz
Abrir a alma
Não num canto de dor;
Quero soltar um brado que que ressoe nos quatro cantos do mundo.
Que seu eco seja repetido, repetido...
Vivido.
Por jovens, velhos, adultos, crianças...
E chegue até a ti.
Viajante itinerante, imigrante desta vida
De testa franzida, cara fechada
Olhar desconfiado, semblante carregado...
Também a ti, mulher mal-amada!
Que cheiras a cebola, a água sanitária
No dia-a-dia, na luta diária
Maldizendo o marido, os filhos, o lar...
PEÇO-TE
PÁRA!
Vem me escutar."
(Trecho do poema Sintonia)
A POESIA É UM CANAL DE HARMONIA ENTRE NÓS, A NATUREZA E DEUS.
VIVA, CANTE, PRATIQUE POESIA.
SUA VIDA NÃO SERÁ MAIS A MESMA.
EU FAÇO A MINHA PARTE E VOCÊ FAZ A SUA.
E O MUNDO AO NOSSO REDOR AGRADECE.
terça-feira, 24 de junho de 2008
Da nascente a foz dos teus lábios - P. Mouram, Moçambique
África
Explodiu dentro de mim a África
Saiu pelos poros
E me levou pro quilombo
Encontrei meus ancestrais
Na pele daquela gente
Encontrei minha criança
No corpo daquela menina
Pisei a terra de meus ancestrais
Onde o sangue derramado
Brotou que nem semente
Depois de penetrar as entranhas
E fecundar a alma do barro preto de Itabira
Eu vi meus pais, minhas bisavós.
Na ginga
No canto
No depoimento
No lamento altivo
Daquele povo, um dia cativo.
Hoje livre.
Ginja, de Moçambique deu-me de presente essa tela pintada lá na África por seu amigo, P. Mouram.
Outra vez a arte e a poesia promovem o encontro.
Axé
quarta-feira, 2 de abril de 2008
Participe você tambem
Grupo alegria de viver
Criação - 09 de julho de 2007, a partir da implantação da pastoral da criança e do idoso na paróquia São Jose em Vespasiano.
Inscritas até outubro de 2009: 90 pessoas
Encontros - Todas as sextas feira.
Horário - 14.00 h às 16h
Local - Salão da paróquia, Rua Nilo Peçanha 905 bairro Jardim da Gloria.
Coordenação: Cida Araujo e Cida Gandra
Tesoureira: Eva Antônia
Conselheiras: Alzira Félix da Silva, Odília Inácio, Carmelina de Oliveira, Josefa Lopes Xavier, Maria Donata Rodrigues e Pedrolina Vitória de Jesus.
Ideal:
Um espaço propício para buscarmos vida, vida em abundância e de qualidade. Para simplesmente conversar, trocar idéias, restaurar, dinamizar a vida que na maioria das vezes já não tem tanto sentido.
Dos objetivos do grupo:
Inclusão, visibilidade, valorização, resgate de auto-estima. Orientação para melhor qualidade de vida.
O carisma principal sobre o qual conduzimos todas as ações do grupo é a ALEGRIA. Num mundo tão marcado por violência, injustiça, corrupção, desagregação familiar. Onde o idoso é visto na maioria das vezes como uma coisa descartável, o grupo ALEGRIA DE VIVER tem a proposta de restaurar a alegria, o canto, a poesia e o louvor.
Resgatar a razão para viver.
Criação - 09 de julho de 2007, a partir da implantação da pastoral da criança e do idoso na paróquia São Jose em Vespasiano.
Inscritas até outubro de 2009: 90 pessoas
Encontros - Todas as sextas feira.
Horário - 14.00 h às 16h
Local - Salão da paróquia, Rua Nilo Peçanha 905 bairro Jardim da Gloria.
Coordenação: Cida Araujo e Cida Gandra
Tesoureira: Eva Antônia
Conselheiras: Alzira Félix da Silva, Odília Inácio, Carmelina de Oliveira, Josefa Lopes Xavier, Maria Donata Rodrigues e Pedrolina Vitória de Jesus.
Ideal:
Um espaço propício para buscarmos vida, vida em abundância e de qualidade. Para simplesmente conversar, trocar idéias, restaurar, dinamizar a vida que na maioria das vezes já não tem tanto sentido.
Dos objetivos do grupo:
Inclusão, visibilidade, valorização, resgate de auto-estima. Orientação para melhor qualidade de vida.
O carisma principal sobre o qual conduzimos todas as ações do grupo é a ALEGRIA. Num mundo tão marcado por violência, injustiça, corrupção, desagregação familiar. Onde o idoso é visto na maioria das vezes como uma coisa descartável, o grupo ALEGRIA DE VIVER tem a proposta de restaurar a alegria, o canto, a poesia e o louvor.
Resgatar a razão para viver.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Conheça um pouco mais de Cida Araújo
CIDA ARAUJO¬¬¬¬¬¬
MARIA APARECIDA DOS SANTOS ARAÚJO
Endereço - Rua Nilo Peçanha, 722 – Bairro: Jardim da Glória – Cidade: Vespasiano – Minas Gerais.
CEP: 33.200 – 000
Tel.: 36 22 -3373 / 8728 – 0897
Email: cidaaraujo2007@hotmail.com Email: edmazza@uai.com.br
Experiência Profissional
Ensino Fundamental completo
Autodidata na: Poesia / literatura e no saber costurar e reinventar o sentido das palavras.
Publicações: quatro livros:
1 – Buscando a Sintonia 1988
2 – Assistindo a Vida 1992 * Ambos, Produção Independente.
3 - Mulher, O Axé do Criador – 2003 – Reedição- 2007.
4 - PARALELOS SOCIAIS – A POESIA NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE – 2007
Ambos, Publicação: MAZZA EDIÇÕES.
Desenvolvimento de Projetos na área - Projeto: A POESIA NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE
Os saberes são adquiridos nos bancos escolares, universitários, etc. Mas a sabedoria inclui essas fontes e mais do que elas, a autodidaxia, a própria experiência pessoal.
Simplesmente vivendo, sentindo, absorvendo intensamente cada momento, cada realidade, cada etapa do caminho que se faz dentro da construção da história de vida individual ou coletiva.
Sentir, buscar e absorver, são tentativas de busca de respostas para questões interiores e para as inquietações incontidas referentes à cultura, onde estou inserida
- Objetivo: provocar, estimular a sensibilidade e a percepção para a seriedade da questão de um modo lúdico, poético e prazeroso.
OUTRAS ATIVIDADES:
- Curso: PROFAMPA (Projeto de Formação de Multiplicadores (as) Pastoral Afro) – 2006
MÓDULO 1
População Afrodescendente e Realidade Brasileira. 25, 26 e 27 agosto 2006
1) Análise de conjuntura na perspectiva Afra e Realidade Histórica do Negro em B.H.
Profª Ms. Marcos Antonio Cardoso
2) Elementos sobre a História da África
Profª Rosa Margarida Rocha (Mestrada)
2) Elementos interpretativos sobre a Globalização e Práticas Litúrgicas e Culturais Afros
Profª Sônia Querino dos S. Santos (Mestrada)
MÓDULO 2
Identidade Afro-brasileira e Hermenêutica Bíblica 27, 28 e 29 de outubro 2006.
1) Elementos significativos da identidade Afro-brasileira e Auto-estima Negra
Prof. Clóves Cabral (Mestrado)
2) Hermenêutica: Negritude e Bíblia
Prof. Pedro A. Costa
3) Cantos e Práticas Litúrgicas e Culturais Afros
Profª Sônia Quirino dos S. Santos (Mestrada)
MÓDULO 3
Diálogo Afro-inter-religioso e religiosidades 23,24 e 25 de fevereiro de 2007
1) Dialogando com as trasações afro-religiosas
Prof. Dr. Vilson Caetano de Souza Júnior
2) Irmandade e Religiosidade
Prof. João Carlos Pio de Souza (Especialista)
3) Práticas Litúrgicas e Culturais Afros
Profª Nilda Ramos de Oliveira (Especialista)
MÓDULO 4
Políticas Píblicas e Ações Afirmativas e Participação Eclesial 30, 31 de Março a 1º de Abril de 2007.
1) Políticas Públicas e Ações Afirmativas
Profª Denise Pacheco (Especialista)
2) Lei 10. 639 / 93
Profª Ms. Selenir Gonçalves Kronbauer
3) Participação Eclesial e Pastoral Afro-brasileira
Prof. Clóves Cabral (Mestrado)
4) Práticas Litúrgicas e Culturais Afros
Porfª Sônia Quirino dos S. Santos (Mestrado)
- Participação no Encontro de Mulheres Quilombolas com o tema: A HISTÓRIA DE RESISTÊNCIA DA MULHER NA SOCIEDADE BRASILEIRA – Dia 16 de setembro de 2006 (Agentes de Pastoral Negros – Mulheres Quilombolas)
Curso: Identidade Negra: da cor ao corpo, da linguagem à história – Realizada no mês de junho de 2004 com duração de 20 horas – Realizado no mês junho de 2004 . Ministrado por: Denise Conceição das Graças Ziviane (Mestre em psicologia social / UFMG)
Co-autoria e colaboração na elaboração do livro: SALMOS, ORAÇÕES E POEMAS AFRO E INDÍGENA – realização: CRB (Conferência dos Religiosos do Brasil) e GRENI (Grupo de Religiosos Negros e Indígenas) e Irmã Maria Raimundo R.. Da Costa, MJC, Assessoria Executiva Nacional (articulação da edição da publicação – PUBLICAÇÃO: Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB).
- Coordenação do grupo ALEGRIA DE VIVER - Terceira idade. Desenvolvimento dos valores enquanto pessoa, acordando, reavivando a vida e seus valores históricos, dando ênfase à reconstrução da identidade positiva.
- Performance Poética no Projeto Kizomba do Centro Cultural Alto Vera Cruz no ano de 2003
- Realização de Recitais em diferentes ocasiões: Abertura de Seminários: Ética em tempo de crise – 2006 (Abertura da Palestra de Dom Valmor), encontros, estudos (na PUC Contagem, PUC Coração Eucarístico), Colégio Marista, Câmara de Vereadores de BH (homenagem ao Padre Joacir – cidadão Honorário), UNI BH, entre outros.
- Intervenção Poética durante a realização do Encontro de Mulheres do NAF – Jardim Leblon (Núcleo de Apoio a Família) – 24 de outubro de 2007
- Sócio - Fundadora da ACLEVES – Academia de Letras de Vespasiano, recentemente criada;
-
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Assinar:
Postagens (Atom)